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Wednesday, August 31, 2005


como n�o tenho nada pra dizer... fiquem com uma foto Posted by Picasa
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Sunday, August 28, 2005

Clint Eastwood x Jean Paul Belmondo


Depois de refletir bastante sobre o homem da minha vida, sim, sou encalhada e só penso nisso, ho ho ho... Bem, cheguei a conclusão, que seria perfeito uma mistura de todos os personagens do Clint com Jean Paul Belmondo como Michel Poiccard em Acossado.
Durões, mas no fundo grandes romanticos, apaixonados mas sem baboseiras, homens de antigamente. O Afonso e o Jota podem falar que sou maluca e que essa é uma das razões pra eu estar sozinha, afinal querer personagens é implorar por solidão.
A solidão nao me importa.
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Saturday, August 27, 2005


Dessa vez não me arrependi da bebedeira, nem das coisas que fiz bêbada. Me diverti, se eu tivesse descoberto antes um pequeno detalhe não teria me divertido. Nada de ressaca moral. Pena q eu gastei uma fortuna e pena q não lembro de tudo. Mas as lembranças q me restam são bem agradaveis.
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Thursday, August 25, 2005




- Não gosto disso.
- Por que? Não se sente merecedora?
- De nada. Posted by Picasa
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Tuesday, August 23, 2005

Freuderico


Me senti na obrigação de divulgar essa HQ online. Muito boa, leiam, se não agora, quando nao tiver ninguem pra conversar no msn, ou nada pra fazer no orkut. Merece. Façam isso, nao esqueçam.
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Houve uma vez dois festivais

Antes, mas bem antes, tipo há uns 4 anos atrás eu tinha um super-preconceito com o festival de Gramado e com a cidade em si. Sabe como é globais, casinhas burguesas, tudo organizado, papai noel, chocolate, tudo parecia cheirar a imitação e chatice, enfadonho demais, era isso q eu pensava.
Ano passado o Jota e o Pedro me convenceram a ir, claro q nao precisaram se esforçar muito, viagem é sempre bem vinda. Fomos de carro, paramos em Sao Paulo, Florianopolis e depois direto pra Gramado onde a primeira vista só tive a certeza amarga de tudo q eu pensava. Mas como a expressão "a primeira impressão é a que fica" só funciona com desodorante, não demorou nada pra eu perceber que tudo ia muito além do oficial. No albergue conheci pessoas que fizeram tudo valer a pena, estudantes de cinema, que estavam lá, mas ainda assim longe da fraude, dos foundes de 30 "pillas", das festas de celebridades, dos filmes de merda. Invadimos festas, vimos a mostra de video, bebemos Bohemia de graça, fumamos, rimos e ainda andamos algumas vezes no maldito tapete vermelho, sem pagar claro, e ainda fomos todos confundidos com celebridades pela macacada. Construimos um tipo de parceria, um tipo de album de memorias.
Esse ano fui de novo, dessa vez com o Jota, o Fidel, o Joaquim e os outros, dessa vez de avião, sem tanta emoçao na ida, porque nada supera a rodovia da morte e o Pedro dormindo nela e quase nos matando. Viajei com amigos que por uma semana mais pareceram conhecidos e encontrei com amigos que só havia visto há um ano atras. Fiquei na casa onde todos falavam Tchê e Bah, alem do classico Afudê, uma cabaninha aconchegante e tipicamente serrana. A maioria das coisas que fizemos deveria ser censurado, mas isso não funciona por aqui.
Todos os dias eram dias de gargalhadas, de Polar (cerveja gaucha e "bah" como é boa), maconha, cinema, festa, carne e outras coisas que é melhor nao citar. Aranhas no teto, aranhas engraçadas. Frechas no chao do quarto de cima, espionagem. Ponta de baseado virando mariposa. Lua, sol, quase um eclipse. Uma pessoa invisivel que nunca saia do banho. Uma fenda com moedas. Risos. Churrasco gaucho, orgia de comida (no ultimo dia, pq em geral fiz a famosa dieta da pobreza). Pra mim Gramado virou Woodstock. "Vim pra cá pra me divertir e nao me envergonho disso", é isso aí Luma, concordo com voce.
Há sempre dois festivais, há sempre alguem indo contra, e criando algo, um dia talvez eu viaje pra lá e encontre um verdadeiro festival "marginal", algumas coisas me fazem acreditar nisso. Sem duvida muitos filmes vao nascer dali. Algumas pessoas ainda vivem na regra, pagando caro, fazendo programas de turista, enriquecendo o festival, se um dia todos descobrirem o que há por trás, o que acontece nos bastidores, vão se divertir muito mais, por outro lado se os moradores daquela cidade tão pacata sonharem com isso vão entrar em panico. Cultura e contra cultura, isso ainda existe, e é muito bom saber disso.
No fim ouvi "parceria, ein, parceria". É isso e a maioria das pessoas esquecem. Por alguns momentos nao quis voltar, mas já tava na hora, meu gato tava se mijando de saudade e eu tb já sentia saudade dele, do Ramos e da Lara.
Certas viagens não foram feitas pra serem escritas. Simples assim.
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Monday, August 15, 2005

Gramado!

É... eu nao vi Era uma vez no Oeste, o Fidel tinha levado embora e eu nao lembrava.
Estou indo pra Gramado... eba! Quer dizer, se eu conseguir andar com as malas.
Saudade do Bandini. =~

Missao:
VOU FICAR LONGE DO COMPUTADOR POR UMA SEMANA! JURO! NAO GASTAREI UM TOSTAO COM INTERNET
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Sunday, August 14, 2005

Dia dos pais

é um saco, todos me abandonam...
mas nao importa, pelo menos vou poder ver Era uma vez no Oeste sossegada.
Esse é o que eu chamo de post desnecessario, ho ho ho.

Ansiosa pra chegar em Gramado, ieeee.
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Thursday, August 11, 2005

35 mm

Pela primeira vez na semana levantei pra ir a faculdade. Primeira coisa q constatei é q tinha perdido minha chave, ok. Atraso. Celular tocando, só podia ser o Afonso com ódio porque eu ainda nao estava no posto. Ele é minha carona diaria, sabe como é. Não era ele. Era uma das vacas da faculdade.

- Tati? Aqui é Flavia da faculdade.

-... (tentando decodificar informaçoes)

- Precisamos de uma bartender, 40 reais, quer?

- ... (decodificando mais informaçoes e verificando meus principios)

- É aqui no Jardim Botanico, estamos rodando um filme, pode vir agora? Voce tá onde?

- Botafogo.

- Entao, vem?

- Sim, to indo. (Informações recebidas, principios quebrados pela falta de dinheiro, me dei conta que realmente me venderei facilmente)

Lá fui eu, era pra fazer figuraçao. Era um curta de um milionario da minha faculdade, em pelicula, com meu professor fotografando, uma boa Aaton, e o sonho da minha vida. O problema do sonho é quando ele não é seu e voce é colocado no lugar onde nunca quis estar.
Ok.
Fiquei lá esperando, figurantes esperam tanto quanto atores, me dei conta que podia ter ido pra faculdade e voltado que tudo ficaria bem, de figurante rapidamente me tornei assistente da diretora de arte e fiz o trabalho da vaca rosa que seria de continuista. Não vou ganhar créditos, obvio. A diretora de arte se quer sabia que copo se usa pra vinho, ou o que velhinhos bebem, a vaca-rosa nao tava preocupada com nada exceto dar em cima de todos os homens do set. Mas o fato é que nunca ganhei 40 reais tão facil, e ainda constatei que a unica diferença entre o curta deles e o nosso é o dinheiro. Primeira assistente de direçao nao fez nada, a segunda muito menos, a produçao? Nem sei quem tava fazendo produçao até agora... O fotografo mandava no filme e ainda reclamava do diretor na frente de todos.
"- Porra, que enquadramento é esse? Parece que tá fazendo novela, faz um enquadramento descente, movimenta a camera, cacete, enche o quadro, que merda" (Fotografo gritando)

As celebridades presentes eram o Alexandre Borges e o Antonio Caloni (sei la como escreve)

Antonio Caloni: "Diretor, diretor (uma cutucada no ombro) só uma atençãozinha aqui em mim, eu transpiro MUITO, preciso de outra blusa mais leve, nem é por mim... "
Eu hein... quem já viu diretor ter q se preocupar com isso, essas estrelas.

No mais fiquei lá, fingindo que nao tinha camera nenhuma e com meu professor fotografo colocando luz no meu olho e me dando dor de cabeça, alem de me chamar de Uma Thurman.
Dinheiro facil. Mole. Gramado ai vou eu.
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Tuesday, August 09, 2005

Lovely Rita



Rita sentava-se sempre na minha frente e de frente. Só via suas costas enquanto andava ou enquanto trepavamos, na maioria do tempo ela apenas depositava seu olhar amargo e cheio de verdades em mim.
Nunca tinha pensado em fazer terapia, mas minha mulher chegou a conclusão que eu tinha me tornado um doente, um descontrolado, um sujeito triste incapaz de viver, eu a considerava uma neurastenica, mas sempre fui frouxo o suficiente pra nao falar isso pra ela. No fim das contas ela resolveu que eu era mesmo o unico que precisava de ajuda, acatei sua decisao, e já começava a imaginar que ela tinha certa razão.
Fiquei feliz quando vi a Doutora que minha mulher tinha arranjado, me senti até agradecido. Conversar com uma mulher linda seria uma total novidade na minha vida, as mulheres lindas, as realmente lindas sempre me evitaram, ao mesmo tempo que nunca fui amigo de mulheres, mesmo das feias, sempre me pareceram histericas e quando chegava perto delas era inevitavel sentir o cheiro de sexo, pra mim mulheres se resumiam a histeria e sexo. Foi facil conquistar minha mulher, ela nao era feia e de longe a mais bonita, trabalhava comigo e foi obrigada pelas circunstancias a me dirigir a palavra e o resto foi facil. Casei porque precisava de cuecas limpas e sexo, em alguns momentos acabei me apaixonando, mas em geral fugia dela, aceitava o que ela pensava e até casei na igreja. Elas são só sexo, mas são um sexo cheio de exigencias.
Vamos voltar a Doutora, ela se chamava Rita e nunca me deixava deitar no divã enquanto conversavamos, me mantia ali sentado em sua frente. Dizia que eu era interessante, desde o primeiro dia ela me tratou com intimidade, achei estranho, diziam que psiquiatras se mantiam sempre frios e afastados, mas nunca reclamei.
Geralmente eu nao tinha muito o que falar pra ela, acabava perguntando como ia sua vida, e invertendo os papeis, imaginava que deveria sentir falta de falar de si mesma, os seres humanos são naturalmente egocentricos. Rita gostava da inversao de papeis e falava animadamente de sua vida, historias engraçadas, trágicas, todas incomuns, me apaixonei e invejei sua vida.
Trocamos telefone como se tivessemos nos conhecido em um bar, queria perguntar se ela fazia isso com todos os outros pacientes, mas não ousaria. Um dia me ligou na hora do almoço, estava de folga, queria tomar um chopp e talvez um sorvete de kiwi, eu não podia, mas fui mesmo assim. Nos encontramos num bar em frente a praia, ela ja havia me falado o quanto gostava do horizonte, achei um bom momento pra aplicar meus conhecimentos sobre ela.


um dia continua...
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Monday, August 08, 2005



12 pessoas na minha casa, aniversario da Sonia, e até o Afonso compareceu.
As aulas estao voltando e eu ainda nao entendi isso. Queria ligar o foda-se. Nao posso.
Vamos lá, aula.Posted by Picasa
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Saturday, August 06, 2005


Meu futuro anda acabando com meu sono. Ei... eu nao sei fazer nada!
Outro dia a ficha caiu, meu pai me perguntou diretamente o q eu vou fazer quando acabar a faculdade, afinal se eu nao for trabalhar nao tem como eu ficar no Rio. Voltar pra Joao Pessoa? Jogar 2 anos e pouco no lixo? Uma faculdade indo pro lixo... Me pergunto se ele faria mesmo isso comigo, acho q sim.
Dá pra fazer filme em joao pessoa, o q nao dá é pra viver de cinema. Vejo minha vida caminhando pra burocracia, talvez meu pai me arrume um emprego na prefeitura, e ai vou passar a vida entre papeis e pessoas insuportaveis, olhando a janela e imaginando tudo o que nao fiz. Ser uma burocrata me aterroriza, sinto calafrios.
Ao menos em joao pessoa sempre terei um chuveiro com agua quente. Unica vantagem, diga-se de passagem. Preferia passar o resto da vida tomando banho gelado.
Love... Love... Love

Queria desexistir. Queria ser rica. Queria fazer uma tatuagem. Queria continuar sonhando pra sempre. Queria gritar na rua. Queria... queria tanto tudo, quanto quero nada, tanto quanto dormir e morrer.
Ter 19 anos nao é nada facil, e meu pai acha que já esta na hora de eu crescer, que ser adolescente é chato, q eu tenho q ser adulta, parar de sonhar, parar de me divertir, ser chata como ele, quer q eu tenha a mesma expressao cansada que ele tem, quer que eu esqueça a musica, a literatura, o cinema, os amigos, a bebida, o cigarro. Nao tenho mais como esquecer o prazer. Se eu pudesse esquecer, esqueceria, e seria assim... uma laranja mecanica.
Por enquanto vou ouvindo Beatles e esquecendo q minha falta de talento ainda vai me fazer desistir de lutar. Por enquanto vou ouvindo o Afonso que me engana com elogios. Por enquanto vou vivendo...
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Era uma vez uma garota que achava que era garoto, cresceu tendo convicçao disso. Alguns diziam que não q ela nao era, mas nunca foi muito de acreditar no outros, muito menos nos homens. Se achava igual e diferente de todas as mulheres, diferente demais pra ser uma delas, ainda assim conheceu meia duzia de garotas tao legais quanto garotos, desejou se apaixonar por elas, mas nem de longe conseguiu. Elegeu a melhor amiga, elegeu a mae, elegeu as amigas, todas ganharam cargos, mas um dia se entristeceu por ser garoto que gosta de garoto e ainda não definhou mas pensa seriamente em se tornar garota, uma garota chata do tipo que nunca fica encalhada e que os garotos chatos como garotas adoram, e todos os garotos sao chatos como garotas. Pra que ser garoto entao? Agora ela passa dias pensando nessa pergunta. A resposta ainda tá distante.Posted by Picasa
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Thursday, August 04, 2005

Eu preciso...

Acordei com ele deitado do meu lado, ele nao tinha dormido ali, nao tinhamos dormido juntos, mas acordei com ele lá, bebado, me olhando amigavelmente. Amigavelmente. Amigavelmente. Amigavelmente. Esse era o problema. Fosse como fosse nao deveria ser essa a palavra.
Nunca acordei com alguem que nao tivesse dormido comigo, quantos já deitaram no lado da parede com o travesseiro ruim e de nenhum eu gostei realmente, alguns se tornaram amigos, outros desconhecidos, outros nunca deixaram de ser desconhecidos.
A velha e conhecida musica do Cazuza e da Bebel veio da sala, ele nao percebeu nem tinha mesmo o que perceber, enquanto isso acariciava meu cabelo amigavelmente e até me beijou, de novo amigavelmente. Eu nao conseguia beija-lo como deveria beijar, antes ele fosse um estranho, talvez assim até pudesse se enganar e se deixar seduzir, mas nem eu conseguia fugir do amigavel. Não por não sentir, mas por pura preguiça. Não dá pra jogar depois dos penaltis, ainda que seja um amistoso.

"Voce me chora as dores de outro amor, se abre e acaba comigo..."

Dormir com alguem no final é facil, acordar é tão mais complicado. Algumas pessoas te olham e te acordam do mais profundo sono e geralmente te tiram os mais deliciosos sonhos. No final a minha verdade é q nao consigo lidar com outro amor que nao o platonico. Prefiro sentir ciumes de brincadeira. Prefiro só acordar. Prefiro só rir. Desde os 13 procuro o tal relacionamento que tive um dia. Na epoca ele me dizia que queria um relacionamento sem altos e baixos, apenas com altos, procurava isso, queria encontrar em mim. Eu tinha apenas 13. Desde então esse objetivo que a principio nem era meu, ecoa na minha cabeça como um dos mais sublimes ecos. Incrivel como uma frase pode acabar com toda a capacidade de realidade de uma garota. Vivo no desejo mais infantil e primario. Bobo.
Declaro então, com lagrimas nos olhos, que nao sou nem um pouco feliz. Não há sinais de mudança.
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